Pouca gente sabe ou se preocupa com o tema, mas os cães e gatos podem sim ser prejudicados com a fumaça cigarros, charutos e narguilés. Assim, como fazem mal para nós, essas substâncias prejudicam e muito a saúde dos pets. Um estudo realizado em 2018 com o apoio do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicou que 428 pessoas morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo, 90% dos casos pelo câncer de pulmão, tumor maligno mais comum entre a população. Alguns especialistas afirmam que o efeito do tabaco pode ser ainda mais prejudicial para os pets devido ao hábito que eles têm de se lamber o tempo todo. Os resíduos de tabaco se concentram em roupas, móveis, carpetes e até nos pelos de cães e gatos. Esse material é ingerido facilmente pelos pets por meio das lambidas. O alerta é do Food and Drugs Administration (FDA), responsável fiscalização sanitária dos Estados Unidos. Uma pesquisa realizada pelo órgão, apontou que os animais de estimação que têm donos fumantes podem desenvolver câncer de pulmão com mais facilidade, além de problemas respiratórios (como bronquite e asma), doenças dermatológicas e problemas oculares. Comumente, a nicotina causa mutação nas células dos animais, gerando uma doença nasal ou pulmonar que pode evoluir para um câncer. Já os felinos que convivem com fumantes, de acordo com o FDA, têm três vezes mais chances de desenvolver linfoma felino – câncer no sistema linfático. Uma outra pesquisa realizada em 2015 por uma equipe da Universidade de Glasgow, na Escócia, acompanhou a saúde de gatos e cachorros que são fumantes passivos (ou seja, que inalam a fumaça produzida por um fumante) e apontou que a exposição ao fumo tem um impacto direto nos animais: riscos de desenvolverem danos celulares, aumentar o ganho de peso após a castração e o risco de certos tipos de câncer.
Veja a seguir alguns dos sinais clínicos apresentados pelos cães e gatos que são fumantes passivos:
coceiras,
lesões na pele,
lesões nas córneas,
espirros,
tosses,
engasgos,
falta de ar,
olhos vermelhos,
queda de pelos,
sangramento nasal,
feridas no corpo.bot
Assim como em humanos, o diagnóstico precoce é decisivo para aumentar as chances de cura de quaisquer doenças provocadas pelo fumo. Para isso, os exames de rotina nos pets fumantes passivos devem ser realizados regularmente, mesmo sem apresentarem sintomas. A maioria do casos oncológicos é silencioso e, por meio dessa prática é possível ter diagnósticos precoces e maior sucesso na recuperação do animal.
O primeiro passo para garantir a saúde do peludo e de toda a família é largar o vício. Se você não conseguir de jeito nenhum, é importante diminuir o consumo e evitar fumar próximo ao animal. Também é recomendado lavar as mãos após fumar e balançar as roupas antes de entrar em casa. Isso evita o contato entre as cinzas e o seu pet. A situação piora ainda mais quando os cães ingerem a bituca ou as cinzas do cigarro. Por isso, muito cuidado no descarte das bitucas. Também é preciso ter atenção durante os passeios pela rua. Os pets podem encontrar bitucas no chão, cheirar e até comer os restos do cigarro. Se você é um tutor que gosta de saber sobre como cuidar melhor da saúde do seu pet, não deixe de ler nosso post!