Câncer em cachorro. Entenda os sinais e saiba como lidar

Assim como nós, os cachorros podem desenvolver câncer. Apesar de ser uma doença que assusta muito a todos, é preciso entender que alguns tipos de câncer podem ser mais ou menos agressivos e que o tratamento e acompanhamento do médico veterinário são pontos-chaves para a cura ou, em alguns casos, para oferecer cuidados paliativos ao peludo.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer é um termo que "abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos à distância".

Isso porque "dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo".

Também é importante saber que nem todo tumor é câncer. Ainda segundo o INCA, tumor é o aumento de volume observado numa parte qualquer do corpo. "Quando o tumor se dá por crescimento do número de células, ele é chamado neoplasia - que pode ser benigna ou maligna". O câncer é neoplasia maligna.

Veja a seguir os sinais de um cachorro pode estar com câncer e o que você deve fazer para cuidar do seu pet.

Sinais que podem indicar que o pet está com câncer

Vários sinais podem indicar que o cachorro está com câncer, mas nem sempre é fácil identificá-los. Por isso, o acompanhamento com veterinário é a melhor forma para diagnosticar precocemente não somente o câncer, mas também outras enfermidades nos pets. Nesses casos, sempre procure ajuda do veterinário.

Perda de apetite e peso: o emagrecimento progressivo e a falta de apetite indicam que o pet não está bem.

Dificuldade para realizar necessidades: fazer pouco xixi e cocô, ou ainda pior, não fazer nada, é caso de buscar ajuda veterinária.

Presença de sangue: não é normal a presença de sangue na urina e nas fezes, por isso, investigue com o veterinário.

Alteração de comportamento: cão prostrado, sem vontade de brincar ou passear, como se estivesse deprimido.

Sinal de dor: mancar e ganir podem indicar problemas nas articulações ou nos músculos. Dor ao ser tocado em alguma parte do corpo também deve ser investigada.

Feridas que não cicatrizam: cães que tenham machucados e ulcerações que não cicatrizam por semanas.

Nódulos: aumentos de volume como massas e caroços que podem ser visíveis a olho nu ou também que só são notados na palpação do cachorro são indícios mais comuns de câncer.

Secreções: vômitos e sangramentos ou pus sem motivos aparentes.

Linfonodos aumentados: como os caroços no pescoço e axilas.

Tosse ou dificuldade para respirar: a respiração deficiente pode significar problemas sérios no coração, pulmão ou até câncer.

Tipos de neoplasias mais comuns em cachorros

Os cachorros podem ser acometidos por vários tipos de câncer. No entanto, nem todos os tumores são malignos (câncer). Os cães com idade avançada têm maior chance de ter a doença. Isso porque, quanto mais tempo o animal vive, maiores as chances de apresentar alterações genéticas. Por isso, um check-up anual é uma opção para evitar que o animal seja tratado de forma tardia.

Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas.

Um câncer frequente nas fêmeas são os tumores de mama. De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), atinge cerca de 45% das fêmeas caninas. Eles têm origem hormonal e se desenvolvem mais frequentemente em fêmeas não castradas. Assim, a castração precoce pode reduzir o risco desse câncer.

Outro tipo comum de câncer ocorre em cachorro de pele e pelagem clara, é o carcinoma. Por isso, esses animais devem evitar exposição solar e usar proteção específica para cachorros.

Veja a seguir as neoplasias mais comuns em pets:

Adenoma: atinge principalmente a pele, intestino e fígado. É benigno.

Carcinoma de células escamosas: comum em regiões como abdômen, nariz ou lábios. Seu aspecto é de pele ulcerada ou com crosta avermelhada. É maligno, no entanto, se espalha lentamente.

Histiocitoma: comum em filhotes, aparece na pele e em tecidos subcutâneos. O crescimento é rápido e possuem aparência de botões. É benigno.

Lipoma: surge em locais com maior acúmulo de gordura e principalmente animais obesos. É benigno.

Mastocitoma: é um dos tumores malignos mais diagnosticados em cães. Sua apresentação cutânea é mais frequente, principalmente na derme e tecido subcutâneo, mas pode ocorrer também em conjuntiva, glândula salivar, nasofaringe, laringe, cavidade oral, trato gastrointestinal e coluna. Frequente em boxers, bulldogs e pitbulls.

Papiloma: causado pelo vírus do papiloma canino e aparece mais comumente em cães idosos. Tem aspecto de verrugas pelo corpo do cachorro, é um tumor benigno, indolor e de baixo risco de se tornar câncer.

Sarcoma: afeta principalmente ossos e musculatura. É maligno.

É preciso entender que o diagnóstico precoce do câncer nos pets, determina a opção de tratamento, melhorando o prognóstico e aumentando a expectativa de vida. Além disso, são reduzidas as chances de metástases (quando o tumor se espalha e invade outros órgãos) e o planejamento cirúrgico é mais favorável.

Cuidados que podem ser oferecidos ao cão

Uma notícia como câncer deixa qualquer mãe e pai de cachorro sem rumo. Como lidar com o cachorro que tem um tumor maligno? O primeiro passo é procurar um veterinário para indicar o melhor tratamento e acompanhar a evolução do caso. Isso porque não existe um tratamento padrão para cada tipo de câncer, mas sim para cada paciente e isso vai depender do estágio, do local da lesão e do estado clínico do pet.

Entre os diversos tratamentos existentes estão: remoção cirúrgica, quimioterapia, radioterapia, eletroquimioterapia (aplicação de pulsos elétricos que formam poros na membrana celular da célula tumoral, facilitando a penetração do quimioterápico), criocirurgia (que utiliza gases para congelar e destruir as células), fototerapia (interação da irradiação eletromagnética da luz com os tecidos biológicos) e outras.

Um dos tratamentos mais recentes é a imunoterapia para os animais. A estimulação do sistema imune pode ajudar as células de defesa a atacar as células cancerígenas - o que se pode concluir que há uma grande relação entre o comprometimento da imunidade do organismo e o avanço da doença.

Em muitos casos, já é realidade usar a imunoterapia para o tratamento de alguns tipos de câncer a fim de melhorar a resposta do organismo contra os tumores. A modificação da resposta biológica é um método promissor na imunoterapia, mostrando que é possível tratar o tumor com sucesso através da manipulação imune para alguns tipos de tumores.

Além disso, a imunoterapia para cães abriu os olhos de muitos oncologistas na hora de identificar estratégias de prevenção ao câncer. Uma delas, e que é muito importante que os tutores saibam, é a possibilidade de melhorar o sistema imune dos pets oferecendo também uma melhor alimentação, aumentando a qualidade de vida e introduzindo nutracêuticos na rotina dos cachorros.

Aliás, o uso de nutracêuticos como parte da terapia contra o câncer em cães é cada vez mais comum. Trata-se de um nutriente com ação farmacêutica, presente principalmente nas plantas e alimentos, que atuam em diversos mecanismos da célula neoplásica, como na redução da proliferação, no aumento da morte das células cancerígenas, na redução do processo inflamatório e no fortalecimento do sistema imune.

Para isso, o tutor pode oferecer os benefícios em suplementos preparados para os cachorros. Conheça aqui os suplementos da Botica Pets para auxiliar na imunidade do seu pet

Prevenção do câncer

Além da imunoterapia, outros cuidados podem ser oferecidos ao cachorro para evitar o desenvolvimento de um câncer. Veja as dicas a seguir:

1 - Evitar exposição solar principalmente entre 10 e 16 horas. Sempre garanta que o pet tenha um lugar para se abrigar do sol. Passe o protetor solar específico para animais nas áreas com menos pelos, como orelhas, focinho, barriguinha.

2 - Garanta uma alimentação equilibrada ao cão. Uma boa nutrição garante o bem-estar geral do animal, aumentando a sua imunidade.

3 - Castre os animais para evitar tumores em machos e fêmeas.

4 - Nunca utilize anticoncepcional em cadelas. Além de câncer de mama, o seu uso predispõe ao desenvolvimento de piometra, uma grave infecção uterina.

5 - Faça check-ups regularmente com veterinário. A melhor prevenção é acompanhar o seu pet com um profissional.

Se quiser saber mais sobre as enfermidades que acometem os pets, não deixe de acompanhar o nosso blog. Agora, se você tem dúvidas sobre os suplementos da Botica Pets, fale com a nossa equipe de veterinários.

compartilhe

Veja também

Blog Botica Pets - Todos os direitos reservados