O gato está gordo? Se é isso que você está buscando entender e saber como lidar, encontrou o post certo. A obesidade felina é um problema, assim como a canina, e saber identificar quando o gato está acima do peso é importante para cuidar da saúde e do bem-estar do seu bichano.
Veja a seguir as nossas orientações e dicas para lidar com gatos acima do peso.
Apesar da percepção de alguns tutores de que gatos gordinhos são sinônimos de fofura e boa saúde, os especialistas dizem o contrário: um felino obeso é um pet doente ou em risco de desenvolver uma série de enfermidades.
O problema do excesso de peso impacta o organismo animal, mas também causa alterações inflamatórias, metabólicas e endócrinas importantes, que estão associadas à diabetes mellitus e esteatose hepática, doenças do trato urinário, dermatoses, problemas locomotores e neoplasias.
A obesidade é considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e é resultado do balanço energético positivo, ou seja, quando o consumo de calorias por meio dos alimentos é maior que o gasto.
Um gato é considerado com sobrepeso quando está 15% acima do seu peso ideal. É possível perceber os sinais ao palpar o animal, ou quando nota-se a perda da "cinturinha", dificuldade de sentir as costelas, por exemplo.
O excesso de gordura no corpo afeta o tecido adiposo, que também é considerado um órgão endócrino, causando mudanças hormonais importantes que predispõem a diversas doenças. Isso porque as células de gordura secretam substâncias que causam inflamação no corpo, o que acaba prejudicando diversos outros órgãos e funções do organismo.
Para identificar o sobrepeso dos animais, os veterinários realizam uma avaliação mais criteriosa, com base no Escore de Condição Corporal (ECC) e notas que vão de 1 a 9. Os cães avaliados com ECC de 1 a 3 são considerados magros, 4 e 5 aqueles com peso ideal, 6 e 7 para os que estão com sobrepeso; e 8 e 9 para pets obesos. Essa avaliação leva em conta diversos parâmetros, como silhueta abdominal e quantidade de massa gorda.
A maioria dos gatos têm uma vida mais sedentária. Quando recebem uma alimentação inadequada, podem ganhar peso acima do normal.
Em pesquisa desenvolvida na cidade de São Paulo, em 2004, numa população estudada de 154 gatos domiciliados, 29,7% deles eram obesos*.
Alguns dos fatores que contribuem para que um gato seja obeso podem ser controlados, outros nem tanto.
Leia a seguir.
A disponibilidade de alimentos à vontade, a oferta de petiscos diários e a falta de controle dos alimentos ingeridos impulsionam o ganho de peso. Os alimentos devem ser palatáveis para os gatos, mas é preciso controlar a quantidade ofertada por dia.
A facilidade de oferta de alimento, com a alimentação industrial, também pode ser um desencadeador da obesidade em gatos. Rações secas, em sua maioria, contém alta densidade energética e alta palatabilidade, além de serem ricas em carboidratos.
Para muitos tutores, oferecer petiscos é uma forma de demonstrar amor e fortalecer o vínculo com o pet, porém este tem sido um fator importante para o crescimento da obesidade nos animais. Uma dieta rica em petiscos pode prejudicar o pet. Por isso, você deve contar com a orientação do médico veterinário para saber a quantidade ideal que o gato deve comer por dia, incluindo os petiscos. E nada de compartilhar a sua comida com ele, combinado?
Durante a última década, foram estudados mais de 400 genes em inúmeras espécies, relacionados à obesidade e que participam da regulação do peso corporal, seja pelo controle da ingestão alimentar, pela promoção do gasto energético ou ambos. A conclusão é de que, assim como nós, alguns gatos podem sim ter maior tendência para engordar do que outros.
Algumas raças são apontadas como de maior risco para desenvolver obesidade: Maine Coon, Persa, e muitos dos sem raça definida.
Os gatos idosos também têm maior predisposição ao ganho de peso pelo fato de ficarem menos ativos com a idade e com metabolismo mais lento. Além disso, os tutores têm a tendência de serem mais permissivos com os gatos idosos e acabam oferecendo maior quantidade de calorias para eles.
Há uma correspondência mais forte para a obesidade em animais do sexo feminino. A incidência de obesidade também é maior em gatos castrados. Isso porque os hormônios sexuais (especialmente o estrogênio) são importantes reguladores da ingestão de energia e do gasto metabólico.
Entretanto, o ganho de peso pelo animal não deve ser considerado apenas uma consequência da castração, uma vez que é possível um animal castrado se manter no escore corporal ideal se receber alimentação balanceada. Além disso, é válido lembrar que a castração, principalmente em fêmeas, reduz a chance de câncer e outras doenças, além de impedir a reprodução indesejada.
O modo de vida é importante fator no aumento da obesidade em gatos. Viver em ambientes restritos, apartamentos ou casas fechadas, que não permitem o acesso ao ambiente externo, restringem o comportamento felino de ambulação, diminuindo o seu gasto metabólico.
Assim como acontece com muitos de nós, os pets acabam levando uma vida mais sedentária e isso contribui para a obesidade.
Outra questão observada é uma tendência à redução no nível de atividade física após a castração. Não é uma regra, mas alguns gatos tornam-se mais sedentários e diminuem o nível de atividade voluntária depois de passarem por castração.
Doenças que afetam o metabolismo, como o hiperadrenocorticismo (excesso de produção de cortisol pela glândula adrenal) e hipotireoidismo (redução da produção de T3 e T4 pela tireoide) também podem levar ao ganho de peso nos gatos.
Na ausência dos hormônios da tireoide, todo o metabolismo do animal fica prejudicado, como se estivesse mais lento e o cão ganha peso em excesso, apresenta prostração, apatia, sonolência e alterações de pele. No entanto é uma doença pouco prevalente, sendo mais comum em cães de meia idade e idosos.
O principal é a diminuição da expectativa de vida, que pode ser até 15% menor do que aqueles animais que são mantidos no peso ideal. Isso porque a gordura estimula a inflamação crônica do corpo e a liberação de radicais livres no organismo, predispondo ao desenvolvimento de doenças.
Relacionamos algumas das consequências seguir:
- Problemas respiratórios;
- Problemas articulares e dificuldade para se locomover;
- Maior risco de desenvolver diabetes e hiperlipidemias;
- Doenças urinárias,
- Intolerância ao exercício físico;
- Estresse térmico, pois a gordura atua como um isolante e os gatos sofrem de exaustão pelo calor;
- Menor resistência à infecções (comprometimento imunológico).
É importante saber que cada gato deve ser tratado individualmente e, para isso, a orientação do médico veterinário é fundamental. Isso porque não há somente um protocolo para tratar a obesidade em gatos. No entanto, a parte mais importante no tratamento será a adesão do tutor e de toda a família para que dê certo.
Entenda o tratamento: você precisa compreender e seguir tudo o que foi proposto pelo veterinário como parte do programa de perda de peso do gato.
O primeiro passo será seguir o plano alimentar indicado pelo veterinário. A quantidade de calorias deve ser calculada pelo especialista em alimentação animal. A dieta deve ser adaptada para uma opção de baixa caloria, como rações ou alimentos com baixos índices de gordura, carboidratos e alto teor de fibras e proteínas magras.
O felino é muito sedentário, apresentando período de sono aproximado entre 16 e 18 horas por dia, fato que o torna mais predisposto à obesidade caso ele não gaste sua energia acumulada. É recomendado estimular sua atividade com brinquedos, objetos, plataformas e barreiras dentro de casa.
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* Informações retiradas do material "Manual de obesidade canina e felina", de Márcia Jericó, Fabrício Lorenzini e Khadine Kanayama. Publicado pela ABEV.