Os olhos são uma das áreas mais sensíveis do corpo humano. Com os cães não é diferente. Os cuidados com os olhos do cão devem ser diários e incluem desde a limpeza ao check-up com veterinário.
Mas como garantir a saúde dos olhos dos pets? Leia a seguir as nossas dicas!
Excesso de secreção, olhos vermelhos, piscar constante ou coceira no local podem ser sinais de doenças oculares. Por isso, é importante estar sempre atento ao estado geral do pet e, ao notar qualquer alteração na região dos olhos, levar o animal para o veterinário. Somente um especialista poderá realizar o exame oftalmológico e observar se o animal apresenta algum tipo de dificuldade em localizar objetos ou subir e descer escadas, por exemplo.
Outros sinais que podem indicar que algo não vai bem com os olhos do pet é o desconforto (o pet fica com os olhos mais fechados) e a preferência por locais mais escuros da casa.
Ceratoconjuntivite seca: conhecida como olho seco, é uma inflamação simultânea da córnea e da conjuntiva, que acomete cães adultos ou idosos, de qualquer raça ou gênero. Os sintomas são remelas persistentes e com consistência de muco. Isso ocorre porque a lágrima torna-se insuficiente (deficiência lacrimal) em quantidade e qualidade, o que leva à formação de uma secreção viscosa com aspecto esverdeado ou crostoso.
Glaucoma: tem relação direta com a herança genética. O glaucoma também pode ser secundário a outras doenças que causam a inflamação crônica, como as causadas por carrapatos (erliquiose e babesiose).
Maior exposição do globo ocular em animais braquicefálicos: os animais de focinho curto são mais suscetíveis ao prolapso do globo ocular, quando o olho "desencaixa" da órbita e fica projetado para frente.
Úlcera de córnea: lesão na superfície ocular causada por trauma (brigas, coceiras mais fortes ou presença de corpos estranhos) e outros fatores como a deficiência lacrimal e doenças palpebrais. Comum em cães braquicefálicos.
Outras doenças de origem congênita são a microftalmia (globo ocular é menor do que o normal) e os cistos dermoides (segmento de pele com anexos como pelos e glândulas, aderido a córnea, conjuntiva ou pálpebras).
Se o pet nunca apresentou uma enfermidade ocular, a recomendação é que a partir dos 5 anos deve realizar o check-up oftalmológico com um especialista, que pode incluir diversos exames:
- Avaliação da superfície ocular,
- Avaliação das pálpebras e conjuntiva e anexos,
- Teste de Schirmer (feito para avaliar se o olho produz uma quantidade suficiente de lágrima para manter-se lubrificado);
- Teste da fluoresceína (o corante de fluoresceína evidencia áreas danificadas do epitélio da córnea);
- Mensuração da pressão intraocular;
- Oftalmoscopia direta ou indireta.
Cuidados com a higiene dos olhos ajudam a prevenir alguns problemas oculares. Em especial, os cães de focinho curto que têm órbita ocular mais rasa e larga. Por isso, aqui vão algumas dicas:
1. A limpeza da região dos olhos deve ser feita com água mineral ou filtrada e uma gaze, para a remoção de secreções e sujidades.
2. Tosa na "franja" é importante para detectar lesões mais precocemente. Uma outra opção é usar elásticos em raças de pelo longo como o Shih Tzu.
3. Evitar o contato de shampoo e outros produtos de limpeza com os olhos, pois podem ocasionar irritação e úlceras de córnea.
4. Hidratar os olhos com colírios quando os pets são expostos ao ar condicionado.
Se você tem dúvidas de como cuidar melhor do seu melhor amigo, não deixe de acompanhar os conteúdos do nosso blog!
