Por que os cachorros engordam?

Muitos tutores se preocupam com o excesso de peso do pet e não é para menos: segundo a Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária,  na cidade de São Paulo, a obesidade acomete cerca de 17% da população de cães estudados (pesquisa de 2002). Nos Estados Unidos, um levantamento da Association for Pet Obesity Prevention, em 2014, revelou que 63% dos cães e 67% dos gatos domésticos estão acima do peso; destes, 18% dos cães e 28% dos gatos são obesos.

É assustador pensar que nossos pets podem sofrer consequências como doenças articulares e cardiovasculares, distúrbios circulatórios, diabetes mellitus e alterações metabólicas graves devido ao excesso de peso. Mas como um cão se torna obeso?

Leia a seguir e você entenderá melhor como prevenir o seu pet da obesidade!

 

Como saber se o cão está gordo?

​​A obesidade pode ter várias causas, mas todas resultam no chamado balanço energético positivo, ou seja, quando o consumo de calorias é maior que o gasto. Você consegue perceber se o seu pet está ganhando peso, mas, somente o veterinário poderá dizer qual grau está essa obesidade e orientar um tratamento adequado. Um cão é considerado em sobrepeso quando está 15% acima do seu peso ideal. É possível perceber os sinais ao palpar o animal, ou quando nota-se a perda da "cinturinha" e dificuldade de sentir as costelas, por exemplo. Também é importante acompanhar a evolução do peso do cão ao longo do tempo.

Para identificar o sobrepeso dos animais, os veterinários realizam uma avaliação mais criteriosa, com base no Escore de Condição Corporal (ECC), com notas que vão de 1 a 9.  Os cães avaliados com ECC de 1 a 3 são considerados magros, 4 e 5 aqueles com peso ideal, 6 e 7 para os que estão com sobrepeso; e 8 e 9 para pets obesos. Essa avaliação leva em conta diversos parâmetros, como silhueta abdominal e quantidade de massa gorda.

 

Motivos que contribuem para o ganho de peso

Muitos são os fatores que podem fazer um cão chegar ao sobrepeso ou à obesidade. Alguns podem ser controlados por nós e outros nem tanto. Por isso, leia com atenção os itens abaixo para poder ajudar o seu peludo a se manter mais saudável.

 

Alimentação sem controle

A disponibilidade de alimentos à vontade, a oferta de petiscos diários e a falta de controle dos alimentos ingeridos impulsionam o ganho de peso. Para muitos, oferecer petiscos é uma forma de demonstrar amor e fortalecer o vínculo com o pet, porém este tem sido um fator importante para o crescimento da obesidade nos animais.

Os alimentos devem ser palatáveis para os cães, mas é preciso controlar a quantidade ofertada por dia. Para isso, você deve contar com a orientação do médico veterinário.

 

Genética e idade

Já foram estudados mais de 400 genes em inúmeras espécies, relacionados à obesidade e que participam da regulação do peso corporal, seja pelo controle da ingestão alimentar, pela promoção do gasto energético ou ambos. Assim, pode-se dizer que algumas raças podem sim ter maior tendência ao ganho de peso. Animais de raças como labradores, beagles, teckels, boxers, pastores de Shetland, cocker spaniels e basset hounds são sabidamente de maior risco para desenvolver obesidade.

Os animais mais velhos também têm maior predisposição ao ganho de peso pelo fato de ficarem menos ativos com a idade e com metabolismo mais lento também. Já os filhotes podem ser mais gulosos e acabam comendo tudo que é oferecido, porém também gastam muito mais energia.

 

Castração

A incidência de obesidade também é maior em cães castrados de ambos os sexos. Isso porque os hormônios sexuais (especialmente o estrogênio) são importantes reguladores do gasto metabólico. Outra questão observada é uma tendência à redução no nível de atividade física após a castração. Não é uma regra, mas alguns cães tornam-se mais sedentários e diminuem o nível de atividade voluntária depois de passarem por castração.

No entanto, isso não deve ser tomado como justificativa para não realizar a castração. É sempre válido lembrar que a castração, principalmente em fêmeas, reduz a chance de câncer e outras doenças, além de impedir a reprodução indesejada.

 

Sedentarismo

Assim como acontece com muitos de nós, os pets acabam levando uma vida mais sedentária e isso contribui para a obesidade. A maioria dos cães passa o dia todo em casa, geralmente, em apartamentos com pouco espaço para o enriquecimento ambiental e com alimento à vontade.

 

Doenças endócrinas

Doenças que afetam o metabolismo, como o hiperadrenocorticismo (excesso de produção de cortisol pela glândula adrenal) e hipotireoidismo (redução da produção de T4 e/ou TSH pela tireóide) também podem levar ao ganho de peso nos cães.

Saiba mais sobre como manter o peso do seu pet controlado! Leia as notícias no nosso blog!

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