Alimentação de cães e gatos: tipos e como escolher?

Qual é a melhor alimentação para o meu pet? Muitos tutores se perguntam isso e a resposta é que, na verdade, tudo vai depender do seu animal e da rotina de vocês. O mais importante é que o seu cão ou gato possa ter uma alimentação saudável, balanceada, com ingredientes de alta qualidade, selecionados e que supram as suas necessidades nutricionais em cada fase de vida: filhote, adulta e madura.

"Você é o que você come”. A frase que tanto ouvimos quando pensamos na alimentação humana também é válida para a nutrição de cães e gatos. Há tempo já se sabe que uma boa dieta é fundamental para os pets manterem uma vida saudável, pois a ingestão adequada de nutrientes ajuda não só na manutenção como também na recuperação da saúde.

Por isso, as refeições dos peludos também merecem atenção especial. A dica é SEMPRE pedir orientação ao veterinário sobre o que oferecer. 

Leia a seguir as dicas sobre a alimentação do pet.

Rações

Encontradas em lojas e pet shops, são práticas e podem ser oferecidas de acordo com o perfil do cão ou gato. O médico-veterinário pode auxiliar os tutores com relação a estas questões nutricionais: qual ração utilizar, quantidade e frequência de consumo. Deve-se priorizar uma ração de boa qualidade e balanceada para suprir as necessidades do pet.

Existem vários tipos de rações no mercado. Entenda a seguir.

Rações standard ou econômicas: são a maior parte do mercado, por isso, as opções são inúmeras. Possuem um menor custo por quilo de alimento e utilizam ingredientes mais baratos como farelos ricos em fibras (de trigo e soja), além de proteínas de fontes vegetais e maior quantidade de carboidratos como o milho. A maioria possui corantes e conservantes sintéticos. Por oferecer uma baixa energia metabolizável (energia do alimento que é absorvida após o processo de digestão nos animais), o pet precisa comer uma quantidade maior de alimento para se satisfazer, o que gera maior quantidade de fezes. 

Rações premium: com a maior preocupação dos tutores com a qualidade de vida dos pets, as rações premium têm aumentado as vendas dentre os outros tipos de ração. Pode-se dizer que tem um bom custo-benefício, uma vez que têm ingredientes de melhor qualidade - evitando farelo de trigo e de soja - e investindo em farinhas de melhor qualidade como as de vísceras de aves, por exemplo. Nesta categoria há um melhor balanceamento entre os nutrientes (aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas e minerais). 

Rações super premium: atendem tutores mais exigentes e que estão dispostos a investir mais na alimentação dos pets. Os ingredientes são mais nobres e com alto valor nutricional. Há inclusão de nutracêuticos e alimentos funcionais como prebióticos, ômega 3, frutas e vegetais desidratados e fibras. Além disso, têm melhores teores de proteínas e gorduras e não possuem corantes

Vantagens das rações: oferecer dietas não balanceadas ou comida em excesso contribui para o ganho de peso e, consequentemente, para problemas de saúde do pet. Por isso, no rótulo da ração você poderá encontrar a quantidade de ração adequada a ser consumida de acordo com a idade, peso e estado de saúde do animal. Além disso, facilita a vida dos tutores que não têm tempo para preparar o alimento do pet.

Desvantagens das rações: rótulos de ração prometem muitas coisas que não podem cumprir. E não há uma legislação específica para combater o que poderia, na maioria dos casos, ser considerada uma propaganda enganosa, como “limpa os dentes”, “mantém o peso saudável”, “alimento natural”, “orgânico”.

Importante destacar que este mercado é autorregulado. Isso quer dizer que as normas e procedimentos de fiscalização são criados por entidades privadas. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet),  o Brasil é um exportador competitivo de alimento completo para animais de estimação e que segue acordos internacionais (com o Certificado Sanitário Internacional – CSI, documento exigido para garantir a boa procedência dos insumos utilizados na fabricação do produto e o cumprimento das regras de higiene), e os critérios estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Alimentação natural para cães e gatos

Uma alternativa para fugir das rações industrializadas, a alimentação natural é composta de nutrientes caseiros e balanceados que oferecem mais saúde e bem-estar aos pets. 

Quando falamos em Dieta Natural (DN), muitas pessoas ainda imaginam que significa servir as sobras das nossas refeições aos pets. Não é isso. Cães e gatos têm necessidades nutricionais muito diferentes das dos humanos. 

A Dieta Natural consiste em oferecer uma alimentação saudável, balanceada, com ingredientes de alta qualidade, selecionados e que supram as necessidades nutricionais do pets em cada fase de vida, filhotes, adultos e idosos.

Na Dieta Natural não é permitido o uso de aditivo químico. Ela pode ser cozida, crua com ossos ou sem ossos. Portanto, cada animal tem uma dieta específica de acordo com sua fase da vida e com predisposições genéticas para algumas doenças. Para isso, a dieta precisa ser prescrita e acompanhada por um médico veterinário nutrólogo. 

As referências mais notáveis de Alimentação Natural surgiram na Austrália, baseado no modelo BARF (sigla em inglês para comida crua biologicamente apropriada), que consiste num consumo de 70%  de carnes cruas e 30% de vegetais e frutas.

Já os modelos Prey Model e Raw Meaty Bones partem do princípio de que os animais, por possuírem descendentes carnívoros, necessitam apenas de carnes e produtos de origem animal, ou seja, uma dieta composta somente por vísceras, carnes e ossos.

E por fim, tem-se o modelo mais conhecido e usual que é a Alimentação Natural com Ingredientes Cozidos, o qual não significa dar restos de comida para o cão ou gato, muito pelo contrário. É necessário, neste caso, fazer um cardápio que consiga suprir as suas necessidades nutricionais, principalmente pelo processo de cozimento onde os alimentos perdem alguns nutrientes, submetendo o pet a uma necessidade de suplementação com vitaminas e minerais, ou seja, a alimentação natural, especialmente a cozida, deve ser suplementada para sua eficácia e para não causar prejuízo por déficits nutricionais ao animal.

Vantagens da dieta natural: 

– A possibilidade de variar o cardápio, evitando assim que o peludo enjoe e não coma o suficiente.

– A alta palatabilidade, por serem alimentos frescos e adequados de acordo com os gostos do peludo.

– Garantia de produtos de qualidade e frescos.

– As necessidades particulares são levadas em consideração, mantendo sempre uma alimentação balanceada

– Pelagem mais brilhante e sadia, com menos queda de pelos pela casa.

– Redução das alergias.

– Não possui aditivos químicos prejudiciais para a saúde, comportamento e qualidade de vida do seu peludo.

– Rins e sistema urinário ficam mais protegidos, já que a alimentação natural contém mais água do que a ração seca comercial.

– Por não possuir fibras grosseiras e carboidratos em grande quantidade, seu peludo terá fezes com menos odor e volume.

Desvantagens da dieta natural: é preciso saber que a suplementação de vitaminas e minerais é de extrema importância para os pets que consomem a DN. É preciso dedicação e tempo para preparar as dietas - o desbalanceamento (excesso de nutrientes ou nutrientes insuficientes) pode ser prejudicial para a saúde do seu animal de estimação.

Pesquise e veja o que é melhor para seu pet e se você está disposto, e  se é funcional para você no seu dia a dia. É importante certificar-se que mudar a dieta do seu animal de estimação é um ato de responsabilidade, dedicação e muito amor.

Pontos importantes sobre a alimentação de cães e gatos

É importante oferecer ao pet uma comida (ração industrializada ou alimentação natural) de acordo com a espécie (cão ou gato), idade, porte (pequeno, médio ou grande) e a quantidade de exercícios que o pet pratica.

Para manter seu pet bem nutrido e sem riscos de obesidade, é fundamental controlar a quantidade de alimento que ele ingere por dia. Assim, comida à vontade não é ideal. Fracionar a quantidade de alimento que o pet deve receber por dia ajuda a melhorar a saciedade do peludo, além de evitar problemas digestivos em pets que têm o costume de comer rápido ou em grande quantidade.

Petiscos podem ser bem calóricos e, por isso, deve-se evitar oferecer ao pet em grande quantidade. Uma opção é oferecer petiscos naturais.

Aditivos sintéticos como corantes, conservantes, estabilizantes e flavorizantes são prejudiciais aos pets e podem causar problemas nos cães e gatos, como alergias, intolerâncias alimentares e até interferir no comportamento dos animais. Alguns, a longo prazo, podem contribuir para o desenvolvimento de doenças, como câncer.

Compartilhar a sua comida com o pet é um problema sim. Afinal, nem tudo o que comemos pode fazer bem aos pets. Alguns deles podem causar problemas de pele, vômitos, diarreia e até morte. Assim como deixar o cão comer a comida do gato, ou vice-versa, pode causar problemas nutricionais e digestivos aos dois.

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