Páscoa: afinal, pode dar chocolate para o pet?
A Páscoa já está chegando e, com ela, aquela vontade de dividir com com o cão o ovo de chocolate? Não pode, de jeito nenhum! Se você costuma oferecer comida fora da alimentação do pet, saiba que isso pode implicar em alguns riscos para a saúde do seu melhor amigo. Ainda mais quando se trata do chocolate, uma substância muito tóxica para os cachorros. Entenda porque não pode dar chocolate para o cão e fique por dentro de uma lista que fizemos com a relação de alimentos não recomendados para os peludos!
Por que não pode dar chocolate para o cachorro
Para aqueles que não sabem, o chocolate possui uma substância chamada “teobromina” que pode intoxicar o pet, provocar crises alérgicas, aumento da pressão arterial, taquicardia, arritmia, tremores, convulsões e até morte. Todo chocolate contém a substância e a intoxicação vai depender do tamanho do cão, da quantidade de chocolate ingerida e do tipo de chocolate (quanto mais escuro, mais tóxico ele será). Segundo dados do site Cachorro Verde, da Dra. Sylvia Angélico, alguns chocolates podem ser mais tóxicos que outros: Chocolate branco: por conter pouquíssimo cacau, apresenta baixos teores de teobromina, sendo o menos tóxico dos chocolates. Mesmo assim não deve ser oferecido, uma vez que é rico em açúcar e gorduras. Chocolate ao leite: 100 gramas apresentam 154 miligramas de teobromina. A dose fatal para um cão com 6 quilos seriam 350 gramas. Chocolate meio amargo: 100 gramas contêm 528 miligramas de teobromina. A dose fatal para um cão com 6 quilos seriam 110 gramas. Chocolate de culinária (aquele usado em bolos e ovos de páscoa caseiros): 100 gramas contêm 1.365 miligramas de teobromina. A dose fatal para um cão com 6 quilos seriam 35 gramas! Se o cachorro comeu chocolate é importante procurar o veterinário o quanto antes para evitar complicações. Os sintomas mais imediatos são: vômito, diarreia, beber muito água e urinar muito, arritmias cardíacas e convulsões. Não existe um medicamento específico para a intoxicação por chocolate, por isso, o tratamento deve ser de suporte para os sintomas apresentados.
Outros alimentos que fazem mal ao pet
Não é somente o chocolate que faz mal ao cão. Existem diversos alimentos presentes no nosso dia a dia que podem causar problemas se consumidos pelos peludos. Dá uma olhada em alguns dos principais: Batata: não deve ser oferecida crua ou verde. A solanina, presente neste alimento, principalmente na casca, é tóxica e pode provocar vômitos e diarreia. Assim como inhame cru, cará e baroa crua. Café: contém teobromina, substância extremamente tóxica para os pets, que não conseguem eliminar a substância do organismo. Os sintomas são diarreia, falta de ar, tremores, aceleração do ritmo cardíaco, vômitos, convulsão e morte. Carambola: pode causar insuficiência renal. Cebola: é muito perigosa devido a um composto capaz de transformar a hemoglobina em uma proteína incapaz de ligar-se ao oxigênio, afetando o seu transporte para os tecidos. Os sintomas são dificuldade respiratória, apatia e até morte. Espinafre: predispõe a formação de cálculos nos rins. Ossos cozidos e assados: podem lascar e formar fragmentos pontiagudos que, ao serem ingeridos, podem causar lesões e até ruptura de órgãos, como o estômago e o intestino. Uva: assim como a uva-passa, a semente de uva possui uma substância que sobrecarrega os rins e pode causar falência dos rins em até 48 horas após o consumo.
Riscos de alimentar cães com comida não balanceada
Estima-se que no Brasil 30% de cães e 25% sejam obesos. E essa porcentagem têm aumentado a cada ano devido a má alimentação oferecida aos pets. Veja a seguir alguns dos fatores que contribuem para a obesidade dos animais:
Sedentarismo;
Estresse;
Doenças genéticas;
Excesso de alimentação;
Oferecer alimentos inadequados e desbalanceados;
Dividir a própria comida com o pet;
Petiscos calóricos ou em excesso.
O que poucos tutores se ligam é que a maior parte dos nossos alimentos não é ideal para ser dada aos cães e gatos. Alguns deles, além de deixar o pet obeso, podem causar problemas de pele e digestivos. Se o seu pet está acima do peso, não deixe de conferir o nosso post sobre obesidade canina e doenças associadas para saber como ajudar o seu peludo!