A compulsão é um dos problemas comportamentais mais comuns nos pets. Isso porque é cada vez mais comum animais viverem em apartamentos, passarem muito tempo sozinhos, fazerem poucos exercícios e quase nada de socialização com outros animais. Essa rotina pode gerar ansiedade e estresse e os peludos acabam desenvolvendo algumas "manias" como lamber as patas, correr e morder o rabo, andar de um lado para o outro, comer em excesso e mais. Assim, a compulsão se caracteriza por comportamentos repetitivos e aparentemente sem motivos. A seguir vamos falar de algumas dessas manias e explicar melhor como lidar. Siga lendo esse conteúdo!
Tudo começa com uma lambidinha na pata aqui, outra ali. Uma hora vira uma ferida e o hábito de lamber está instalado. O comportamento compulsivo que alguns pets têm em lamber as patas (ou outras regiões do corpo, como o rabo) é conhecido como lambedura psicogênica e pode surgir como consequência de um distúrbio comportamental. Entre os problemas mais comuns associados à lambedura compulsiva estão a ansiedade, a mudança repentina de ambiente, chegada de outro animal, o abandono durante muitas horas ou dia, além da falta de estímulos mentais e físicos em qualquer fase da vida do pet. Se lamber é um ato natural dos pets. No entanto, quando o cão começa a repetir esse comportamento em si de maneira repetitiva e sempre que algo o incomoda, pode ser perigoso. Isso porque a lambedura repetitiva pode causar lesões na pele, além de ser um sinal que algo não vai bem com o cão. Existem sinais que o tutor deve notar caso desconfie que o cão está com “mania” de se lamber todo o tempo: mudança na coloração do pelo na região (uma cor ferrugem), que ocorre devido à acidez da saliva; queda de pelos, ferida na região afetada. É comum que os cães comecem a lamber um local e essa constante provoque uma ferida. A agressão física causada pelo ato repetitivo de se lamber impede a ferida de cicatrizar e acaba predispondo o animal a uma infecção secundária. No entanto, é importante que o tutor saiba que somente um veterinário pode realizar o diagnóstico se o caso trata-se de uma dermatite por lambedura ou não. Por isso, é sempre importante contar com a ajuda de um profissional, preferencialmente, um especializado em comportamento animal. Além dos cuidados com o comportamento psicológico do animal, será importante tratar o problema cutâneo.
Os pets com compulsão alimentar comem mais do que precisam diante de um problema como depressão, tédio ou estresse. O problema é que esse comportamento pode causar obesidade no peludo, o que trará uma série de outras complicações para a vida do pet. Diante desse problema, consulte o médico-veterinário para identificar o que está causando este “apetite exagerado”. Somente um profissional poderá indicar o motivo.
A primeira atitude que o tutor deve ter ao desconfiar de que o pet está apresentando comportamentos compulsivos é procurar um médico veterinário. Somente o profissional poderá avaliar o animal e descartar alguma doença clínica. Isso é comum quando o cão, por exemplo, está com um problema de pele. Ele lambe as patas repetidamente para coçar a região. Assim, enquanto não receber o tratamento adequado, ficará lambendo o local. Agora, se o problema é comportamental, o ideal é buscar um especialista em comportamento animal. Quando a compulsão está relacionada à falta de atividade física ou mental, é importante criar atividades que ele possa se entreter bastante. Assim, uma das medidas é promover enriquecimento ambiental. Preparar o pet e o ambiente que o peludo vai ficar durante todo o dia é uma das ações mais importantes para que você não tenha problemas ao deixá-lo sozinho.
Passeio: se precisar deixar o cachorro sozinho por muito tempo, lembre-se de passear com ele antes de sair de casa. Um passeio de cerca de 30 minutos de caminhada fará com que o cão gaste energia na rua. Assim, ao chegar em casa, ficará menos agitado. Saiba que os passeios são importantes e devem ser feitos diariamente, mesmo que o seu pet tenha quintal à disposição.
Rodízio de brinquedos: um dos erros mais comuns é deixar sempre o mesmo brinquedo para o pet ao sair. A novidade sempre é interessante, por isso, faça um rodízio de brinquedos todas as semanas.
Esconda recompensas: esconder petiscos pela casa antes de sair pode ajudar também. O cão ficará concentrado em buscar as recompensas e o tempo passará mais rápido.
Som ambiente: ao sair, deixe a televisão ou o som ligado, em um volume não muito alto, para distrair o pet dos barulhos fora de casa.
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