Manter a higiene bucal dos cães e estar alerta para quaisquer alterações nos dentes ou no comportamento do pet ao se alimentar é muito importante para a identificar problemas sérios na saúde bucal, como doenças periodontais que podem oferecer grande risco à saúde, como a migração de bactérias para órgãos vitais: rins, fígado e coração. Um sinal importante para a identificação do quadro é o mau hálito. Esse é o sintoma mais evidente de que algo não vai bem com a boca do cão e atinge 80% dos cachorros com mais de três anos de idade. Além do risco das bactérias, a periodontite é uma inflamação que ocasiona a perda de dentes e a deterioração dos tecidos que o sustentam, como a gengiva e o osso alveolar. O maior problema deste quadro é que seus sinais são pouco perceptíveis e de rápida progressão. Ele se inicia com o acúmulo de placa bacteriana que evolui para o tártaro. O tártaro, por sua vez, é responsável pela deterioração dos dentes, por isso, a importância de estar sempre alerta. Embora haja alto índice de cães que apresentam o problema, 90% dos tutores acreditam que os dentes e a gengiva de seus cães estejam saudáveis, por isso, para descartar o problema, os cães devem ser submetidos ao exame oral regularmente. Listamos alguns fatores que podem predispor ao desenvolvimento de doenças bucais nos pets. Confira a seguir!
Nunca ter feito uma avaliação da saúde bucal;
Não receber cuidados básicos com a saúde dos dentes em casa, como a escovação;
Apresentar cálculo dental (tártaro);
Dentes mal posicionados;
Demonstrar salivação excessiva;
Dificuldade em mastigar os alimentos.
Caso o seu cão apresente esses sinais ou se enquadre no perfil, não deixe de procurar um veterinário especialista!
Os cães de pequeno porte e idosos têm mais chance de desenvolver a doença, de acordo com um estudo conduzido pelo Centro de Nutrição e Bem-Estar Animal WALTHAM. Uma pesquisa analisou a progressão da doença periodontal em cães da raça Schnauzer miniatura e constatou que sem higiene oral adequada e frequente, a periodontite se desenvolveu rapidamente e avançou ainda mais rápido com a idade. Os cães pequenos, por possuírem pouco espaço entre os dentes, têm predisposição ao acúmulo da placa bacteriana, o que favorece a formação de tártaro e, consequentemente, o mau hálito e os riscos do desenvolvimento da doença. Caso haja entrada de bactérias para a corrente sanguínea, a contaminação pode afetar órgão vitais. E em alguns casos até as articulações do cão.
A higienização dos dentes é fundamental para a prevenção. A escovação diária deve acontecer a partir dos seis meses de idade, mas, para estimular o cão a aceitar este cuidado, é recomendado que ele tenha contato com a escovação ainda nos primeiros meses de vida. Uma boa estratégia é associar a escovação a um estímulo positivo como uma brincadeira, um passeio ou um carinho. O médico veterinário tem papel fundamental na orientação de realização do procedimento e também sobre as formas de estimular o cão a aceitar a escovação. Com a orientação do profissional também é possível inserir na rotina produtos mastigáveis específicos para auxiliar na manutenção da higiene oral. Quer conhecer outros cuidados importantes para a saúde do seu pet? Então não deixe de conferir nosso blog. Leia sobre: - Como manter as pulgas longe dos pets? - 5 superalimentos para o seu cão ou gato - Como cuidar do cão atleta?